CAPÍTULO 5
O Magnetismo não é uma característica exclusiva entre as almas gêmeas, elas existem entre todos os tipos de relações humanas e o tipo de relação humana que mais nos interessa dentro do assunto a que propomos estudar são as relações sexuais.
Em o livro Sexo e Vida de Emmanuel psicografado por Francisco Cândido Xavier, é nos mostrado a grande preocupação que a Espiritualidade Superior tem com a humanidade a respeito dos assuntos relacionados ao sexo, como podemos ver no seguinte trecho:
“Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo. Não indisciplina, mas controle. Não impulso livre, mas responsabilidade. Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência.
Sem isso, será enganar-nos, lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um.”
Em um outro trecho do mesmo livro trata da energia sexual:
“É a mesma força que une os elementos da matéria nos corpos orgânicos e nos inorgânicos? - Sim, a lei de atração é a mesma para todos.
(O LIVRO DOS ESPÍRITOS – Questão 60 )
A energia sexual, como recurso da lei de atração, na perpetuidade do Universo, é inerente à própria vida, gerando cargas magnéticas em todos os seres, à face das potencialidades criativas de que se reveste. Nos seres primitivos, situados nos primeiros degraus da emoção e do raciocínio, e, ainda, em todas as criaturas que se demoram voluntariamente no nível dos brutos, a descarga de semelhante energia se opera inconsideradamente. Isso, porém, lhes custa resultados angustiosos a lhes lastrearem longo tempo de fixação em existências menos felizes, nas quais a vida, muito a pouco e pouco, ensina a cada um que ninguém abusa de alguém sem carrear prejuízo a si mesmo.
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À medida que a individualidade evolui, no entanto, passa a compreender que a energia sexual envolve o impositivo de discernimento e responsabilidade em sua aplicação, e que, por isso mesmo, deve estar controlada por valores morais que lhe garantam o emprego digno, seja na criação de formas físicas, asseguradora da família, ou na criação de obras beneméritas da sensibilidade e da cultura para a reprodução e extensão do progresso e da experiência, da beleza e do amor, na evolução e burilamento da vida no Planeta.
Através da poligamia, o espírito assinala a si próprio longa marcha em existências e mais existências sucessivas de reparação e aprendizagem, em cujo transcurso adquire a necessária disciplina do seu mundo emotivo. Fatigado de experimentos dolorosos, nos quais recolhe o fruto amargo da delinquência ou do desespero que haja estabelecido nos outros, reconhece na monogamia o caminho certo de suas manifestações afetivas.
Atento a isso, identifica na criatura que se lhe afina com os propósitos e aspirações o parceiro ou a parceira ideais para a comunhão sexual, suscetível de lhe granjear o preciso equilíbrio e capaz de lhe revitalizar as forças com que se põe no encalço do trabalho imprescindível à própria evolução. Em nenhum caso, ser-nos-á lícito subestimar a importância da energia sexual que, na essência, verte da Criação Divina para a constituição e sustentação de todas as criaturas. Com ela e por ela é que todas as civilizações da Terra se levantaram, legando ao homem preciosa herança na viagem para a sublimação definitiva, entendendo-se, porém, que criatura alguma, no plano da razão, se utilizará dela, nas relações com outra criatura, sem consequências felizes ou infelizes, construtivas ou destrutivas, conforme a orientação que se lhe der.”
Como podemos concluir através da leitura deste livro que o sexo deve ser feito com responsabilidade, pois assim como tudo na vida, também está sujeito às leis de causalidade, e que ninguém poderá ser feliz em cima da infelicidade alheia.
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